A Importância das Eleições para a Saúde Mental da População

Por mais que muitas pessoas neguem, as eleições são importantes para qualquer sociedade, pois definem os rumos políticos e sociais de um país. No entanto, além de ser um evento cívico, as eleições também têm um impacto profundo na saúde mental da população. O processo eleitoral, as escolhas políticas e as decisões governamentais que se seguem podem afetar diretamente o bem-estar emocional dos indivíduos e da comunidade como um todo.

Neste texto, vamos explorar como a saúde mental está interligada com as eleições, tanto no que diz respeito à escolha de políticas públicas voltadas ao tema quanto ao impacto emocional que o processo eleitoral pode gerar.


1. Políticas Públicas e Saúde Mental

Uma das formas mais diretas pelas quais as eleições afetam a saúde mental é através da escolha de líderes e partidos comprometidos com a criação e implementação de políticas públicas de saúde mental. Os governantes eleitos têm a responsabilidade de alocar recursos, criar programas e fortalecer o apoio ao sistema de saúde mental, como o Sistema Único de Saúde (SUS), no caso do Brasil.

O que está em jogo?

  • Investimentos em Saúde Mental: Governos comprometidos com a saúde mental destinam mais recursos para a criação de centros de apoio, contratação de profissionais qualificados e promoção de campanhas de conscientização.
  • Acesso a Tratamentos: O fortalecimento de políticas públicas também garante que mais pessoas tenham acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos, sejam eles preventivos ou de intervenção, ajudando a combater o estigma e o acesso desigual.
  • Combate ao Estresse e à Ansiedade Social: Políticas que oferecem apoio em saúde mental podem reduzir os níveis de estresse social, uma vez que ajudam a lidar com fatores como desemprego, pobreza, violência e desigualdade.

A importância das eleições é clara: eleger representantes comprometidos com a saúde mental significa garantir que essa questão seja tratada com seriedade e que a população tenha acesso aos cuidados necessários. Pode se afirmar que líderes políticos preocupados com a saúde da população, prioriza todos os grupos: os que podem contratar serviços de modo privado e aqueles que não conseguem arcar com um acompanhamento com profissionais da área. Como assim se preocupar até com pessoas que podem arcar com os custos de cuidados com a saúde mental?

  • Através de campanhas de conscientização sobre os ganhos e danos que essa área da saúde pode apresentar. Além de promover debates multidisciplinares, que façam a relação de saúde mental com o bem estar geral. Exemplo disso:
  • Oferecer mais parques para interação social e integração com a natureza;
  • Disponibilizar mais áreas de lazer ao ar livre, possibilitando a diminuição de uso de telas;
  • Oferecer espaços de prática de esportes, que funcionem em tempo integral;
  • Preocupar com área de preservação ambiental, para melhor qualidade do ar. (Pode parecer que não há relação, mas já experimentou respirar mal, para sentir uma fadiga constate, que pode afetar e muito o bem estar mental?)
No Final está tudo interligado, a saúde mental não pode ser considerada apenas um cérebro isolado no comando. Ela relaciona com tudo a nossa volta.

2. Impacto Emocional do Processo Eleitoral

O período eleitoral em si pode gerar uma série de reações emocionais nas pessoas. O debate político intenso, a polarização, as incertezas sobre o futuro e a ansiedade em torno do resultado das eleições são fatores que afetam diretamente a saúde mental de muitos cidadãos.

Entre os principais impactos emocionais do processo eleitoral, destacam-se:

  • Ansiedade e Incerteza: A antecipação de mudanças políticas pode gerar ansiedade, especialmente em grupos mais vulneráveis que temem perder direitos ou benefícios sociais. A incerteza em relação ao futuro do país, o medo de recessão ou crises políticas afeta significativamente o bem-estar emocional.
  • Polarização e Conflitos: A polarização política muitas vezes gera divisões na sociedade, nas famílias e até no ambiente de trabalho. Esses conflitos podem aumentar o nível de estresse emocional, dificultar a convivência social e até criar sentimentos de isolamento para aqueles que se sentem incompreendidos.
  • Sobrecarga de Informações: O intenso fluxo de informações e notícias durante o período eleitoral, especialmente nas redes sociais, pode sobrecarregar o sistema emocional das pessoas. O excesso de notícias e discussões políticas pode gerar fadiga mental e exaustão emocional, especialmente quando o conteúdo é carregado de negatividade ou desinformação.

3. Saúde Mental e o Exercício da Cidadania

Exercer o direito de voto de maneira consciente é uma das formas mais importantes de participação cidadã. Para muitas pessoas, sentir que estão fazendo parte de uma decisão coletiva e que sua voz está sendo ouvida é algo que promove sentimentos de autonomia, pertencimento e propósito, que são fundamentais para a saúde mental.

Além disso, eleger representantes que priorizam políticas de bem-estar social, inclusão e saúde pública pode criar uma sensação de esperança e segurança em relação ao futuro.

O impacto psicológico de um voto consciente:

  • Empoderamento: Votar é uma forma de exercer poder pessoal e coletivo. Esse empoderamento fortalece a autoestima e cria um senso de responsabilidade pelo futuro da sociedade.
  • Esperança: A escolha de representantes que defendem causas que importam para o eleitor (como saúde mental, igualdade, educação) pode gerar sentimentos de otimismo e esperança em relação ao futuro.
  • Controle Percebido: Em uma sociedade onde muitos problemas parecem fora de controle, participar do processo eleitoral ajuda a restaurar a sensação de controle, o que é fundamental para o bem-estar emocional.

Não votar também é uma forma de escolher. Escolher deixar nas mãos de outras pessoas a decisão de decidirem por você. Todas as pessoas, absolutamente todas, são afetadas pelas decisões dos políticos eleitos. 


4. O Papel das Eleições na Redução das Desigualdades em Saúde Mental

As eleições também são importantes porque oferecem a chance de reduzir desigualdades no acesso à saúde mental. Grupos mais vulneráveis, como a população de baixa renda, mães solos, comunidades negras e indígenas e pessoas LGBTQIA+, frequentemente enfrentam barreiras adicionais para acessar os cuidados de saúde mental de que precisam.

Governos comprometidos com a equidade podem criar políticas públicas que ampliem o acesso a serviços de saúde mental de qualidade para todos, independentemente de classe, raça ou identidade de gênero.

Por exemplo, garantir que as áreas mais periféricas ou rurais tenham acesso a Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e profissionais de saúde mental bem treinados é uma prioridade que pode ser decidida nas urnas. Políticas inclusivas voltadas a esses grupos ajudam a reduzir o estigma e promover ambientes mais saudáveis e acolhedores.


5. Promovendo um Debate Saudável Durante o Processo Eleitoral

Durante o período eleitoral, também é importante que a sociedade, os candidatos e os partidos promovam um debate saudável sobre questões de saúde mental. Discutir de maneira clara e construtiva quais são as melhores estratégias para melhorar o sistema de saúde mental do país é essencial para garantir que as políticas públicas futuras reflitam as necessidades da população.

As redes sociais, quando utilizadas de maneira consciente, podem ser um espaço de disseminação de informações valiosas, conscientização e incentivo à participação cívica. No entanto, é preciso estar atento para evitar o consumo excessivo de conteúdo tóxico ou desinformativo, que pode impactar negativamente a saúde mental.


Conclusão

As eleições são muito mais do que um momento para escolher representantes. Elas têm impacto direto na saúde mental da população, seja por meio das políticas públicas que serão implementadas, seja pelas emoções que envolvem o próprio processo eleitoral. Eleger governantes comprometidos com a saúde mental significa investir em um futuro mais saudável, com mais acesso a cuidados, menos estigmas e mais oportunidades de bem-estar para todos.

Lembre-se de que seu voto tem o poder de transformar a realidade social e mental do país. Por isso, ao escolher seus candidatos, priorize aqueles que têm propostas claras e eficazes para melhorar o sistema de saúde mental, promovendo um ambiente de mais inclusão e cuidado com a população.

Se Você ainda não sabe em quem votar nas eleições municipais neste domingo, abra a página de cada candidato e leia as propostas, o plano de governo, aproveita para dar um google sobre a atuação do(a) candidato(a) anterior a candidatura.

 

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